quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O SAL PERDE O SABOR E O CRENTE A SALVAÇÃO?

  • “O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Marcos 9.50)

sal
As palavras acima deixam claro que é possível que o sal perca seu sabor, de modo que não possa mais ser restaurado. Obviamente, Jesus não estava preocupado com o sal, mas estava fazendo uma analogia com os crentes, que ele disse que são “o sal   da terra” “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mateus 5.13)
(Mt.5:13), Mas, ao invés de dizer que este sal nunca poderá perder seu sabor ou deixar de ser salgado (o que indicaria logicamente a perda da salvação), ele diz exatamente o contrário, confirmando, mais uma vez, que uma vez salvo não é, necessariamente, salvo para sempre.
O termo “restaurar” nos mostra que a referência é a pessoas que uma vez foram salvas, pois se o texto estivesse falando de falsos convertidos que nunca foram salvos de verdade ele nunca teria empregado a palavra “restaurar”, que induz ao fato de que já foram transformados uma vez. Eles não poderiam “perder” o sabor se já não tivessem tido o sabor. Se Jesus estivesse falando de falsos convertidos, ele não teria dito que eles eram o sal da terra, mas que pareciam ser o sal da terra. Mas o texto transmite a ideia de algo real, de alguém que realmente foi salvo uma vez.
Além disso, o mundo não é “sal”, e nem pode ser considerado “bom”, como Jesus disse em relação ao sal (Mc.9:50). O sal é, então, claramente uma figura dos crentes fieis. Mas Jesus também disse que esse sal pode perder o seu sabor e nunca mais ser restaurado, que não servirá para nada e que será jogado fora e pisado pelos homens (Mt.5:13).
Isso é nitidamente um retrato da condenação de pessoas que se perderam. É difícil imaginar que Jesus estivesse dizendo que pessoas ainda salvas não servissem para nada, não pudessem ser restauradas e seriam pisadas pelos homens. Isso a Bíblia sempre fala em relação aos descrentes, nunca aos crentes. Em Malaquias, por exemplo, Deus disse:
“Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha, e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. E pisareis os ímpios, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que farei, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 4:1-3)
Os que são “pisados”, portanto, se refere aos ímpios que serão condenados no juízo. Jesus não estava inventando ou acrescentando nada que já não tivesse sido claramente dito por Deus acerca dos ímpios e que era muito bem conhecido pelos judeus. Eles sabiam perfeitamente que o “pisados pelos homens” era uma referência à condenação dos ímpios descrita em Malaquias, onde exatamente esta mesma linguagem havia sido empregada.
Portanto, por consequência lógica essa associação demonstra que o “sal” não apenas “perde uma recompensa”, mas incorre na mesma condenação dos ímpios, e isso só pode ocorrer por ter perdido a salvação, já que ele realmente era um “sal da terra” antes, e não um falso convertido. A possibilidade da perdição foi aberta, então ela pode acontecer.
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?”, Biazo

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